quarta-feira, 29 de julho de 2009

Não, não deveria ter me escrito. Eu ainda tenho dezessete anos, ou até mesmo dezesseis. Deverias respeitar minha infantilidade. Meus pontos finais, que mal cabem nessas expressões pré-fabricadas. Tem hora que não cabe. Ah, você sabe. Sabe que eu sou chorona, que meu coração é mole, e que meus olhos são úmidos. Talvez não saiba que ando um pouco mais frágil, talvez sejam os dezoito anos, parece que quanto mais tempo passa, mas a gente fica desbotado. E desbotar leva nossas fortalezas.
Fazia tem que eu não olhava pra você. Pras tuas conversas, pros teus papos, pras tuas frases blasés.Tuas conquistas imutáveis.Ah, Meu Deus, você mudou e eu nem notei, você notou e eu nem ao menos mudei.
Você ainda me irrita tanto.Eu não te esqueço.E eu sei, tem que ser assim.Eu vou casar, como o tempo dizia que seria, de véu e grinalda e imaginações, e talvez muito mais imaginações do que qualquer vestimenta.
Na verdade, eu estarei nua.E mesmo nua, ninguém vai ler meus pensamentos.Eu estou tão feliz com ela.Tão cheia de uma esperança com cara de amor, tão cheia de um amor renovado
E deixa o resto pra lá, é minha bipolaridade, e é resto.