sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Eu olho pra você, você me olha assim, tão lá no fundo,
E nos perdemos nessa imensidão.
Minhas pernas bambas,
Tuas mãos firmes na minha cintura.
Eu sou um pássaro de asas abertas quando você abre esse sorriso.
Esse sorriso que liberta
E me acoberta os maiores pecados.
Não sou de toda ilusão,
Meu coração me pede pra ficar
Minhas mãos suadas querem te tocar,
Bagunçar seus cabelos,
Embaralhar tuas ideias.
Você se envolve nos tecidos das minhas saias coloridas,
Eu abro mão das certezas
Me inspiro na beleza da escuridão.
Tateio todo o teu corpo como quem permeia a imensidão,
Essa ferida no meu coração ainda dói e não quero esquecer.
A chuva que desaba do céu me acolhe a alma nessa cidade cinza.
Eu não tenho mais medo de me perder por aí.
Quando teu corpo encontra o meu,
Quando, ofegante, me perco no teu cheiro, não quero mais voltar,
Quero o labirinto infinito!
Não quero a certeza de um caminho calmo,
Calmaria não me me move!
Quero a turbulência infundada que me causa tua pele na minha.
O arrepio, a fusão, o caos!