quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

[conversa dissolvida]


"medo de não haver um ponto de encontro entre a imaginação e a realidade..."
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por que eu disse isso?
traduziu tudo que se passa pela minha mente.e às vezes me sinto traduzida em você.nas tuas palavras tão incompreensívies.
meu estômago doeu.senti minha cabeça pulsar....isso tudo pra dizer que não vejo a hora de te encontrar e matar essa minha curiosidade,dos olhos que tanto sinto, do cheiro que não me abandona, e do abraço que me ampara.o silêncio que se torna entorpecedor e as palavras que se tornam as mais belas confusões.
não precisa me falar nada, mas quando eu sinto isso, eu preciso sentir...quando fecho os olhos e imagino teu corpo, eu preciso imaginar.e ganhar teus olhos pra mim...preciso ganhar teus olhos pra mim!
preciso deixar essas lágrimas rolarem no teu colo. eu não sei o que está acontecendo, mas está acontecendo tão intesamente.
quero conhecer as tuas mãos, e o teu brilho. soltar-lhe meu sorriso bobo, e conhecer o teu sorriso infantil.
esse amargo tem que passar!
esse amargo vai passar!
quero voltar a ser doce, ao teu lado!
vamos embora daqui...vamos fugir pro infinito.
Ah!
Ah!
Ah!
essa revolta com os filmes que não se tornam reais...e ter que aprender com a vida real sem filmes, seria tão mais complicado.


[e hoje eu não fumei.]

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

[ que a noite traga alívio ...]

"Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra."
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mas sabe como é difícil de encontra a palavra certa.e como é difícil sentir sem nem ao menos pensar em pensar.como é difícil não cair em tentação. e
como é tentador entregar-me.jogar-me de cabeça.janela a fora.e como é fácil acreditar que se pode voar.como é fácil acreditar que é só abrir os braços e fechar os olhos.e quer saber, talvez seja isso mesmo.minhas concepções,minhas ideologias fogem do meu controle quando penso nesse deserto de almas.quando penso nos olhos da alma que reconheço.e quer saber, até de olhos fechados eu reconheço.mesmo que meus receios me digam o contrário.eu desconheço,e favoreço,meu verdadeiro saber;o meu sentir.me derreti no leito.e fiz-me da mais pura,e verdadeira hipocrisia.pra acordar de olhos inchados e não pensar no passado.pensar em você.
e não pensei no que se foi.lamentei de olhos abertos por aquilo que deixei-me ser,enquanto aí do outro lado teu coração sofria.e pedia minhas mãos frias a te aquecer.agora não há mais saída.
corpos em movimentos.mãos ,e placas ,e apelos, entre medos,sorrisos e anseios.
agora está tudo tão mais calmo. eu posso ouvir minha voz. eu posso ver meus olhos por trás desse vidro.eu posso gritar. e sonhar com verdades inconfundíveis.
olha guria,não sei quem é você...nem sei o que quer neste deserto.mal compreendo tuas palavras, mas sinto-as como não sinto nem as minhas.e reconheço-as como não reconheço nenhuma. e pode parecer bobagem , exagero ou ilusão mas é com você que eu aconteço... e pouco me importa se você parece comigo,do jeito certo , ou do avesso.
é você que sinto vontade de levar ao horizonte.
inteiramente,só sentir.
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"Ontem a noite eu conheci uma guria que eu já conhecia, de outros carnavais ,com outras fantasias...Ela apareceu parecia tão sozinha, e parecia que era minha aquela solidão!"

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

[indescritiva indiscrição]

"eu que não fumo queria um cigarro,eu que não amo você envelheci dez anos ou mais neste último mês...eu que não bebo pedi um conhaque, pra enfrentar o inverno que entra pela porta que você deixou aberta ao sair."


[ eu tinha certeza que um dia faria sentido]
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olhe os pés dela, são como os de uma princesa.e as mãos,parecem ser tão macias.a mais bela silhueta.e o sorriso brilha tanto quando uma estrela.
mas o que mais chamou a atenção foram os olhos...os maiores...os mais fortes.
como holofortes.como o holocausto.e que seus pés possam sagrar, e marcar o caminho,para que ela, como uma eterna serva possa seguí-los,e morrer,um pouquinho a cada dia,lambendo o sangue amargo que manchara o caminho.
o mais belo caminho.sempre a frente.e é assim que ela vai ver-te,de costas.
os olhos nunca mais vão iluminá-la.e os sorrisos nunca mais vão entorpecê-la.
vai sangrar,vai doer,vai marcar,vai secar...e a língua dela machada de vermelho,vai ser a combinação perfeita pro cabelo vermelho e pra toda aquela imensa putanhice.estas aí, a tua vadia.a mais bela.
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[só um pouco de imaginação que brota do âmago dessas pupilas ardidas]
[ou do coração .éca!]
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[seria tão melhor se a erva,agora,não fosse mate]

[delongas]

é muito cedo pra falar qualquer coisa.
e tarde demais pra chorar.

[ essa coisa toda de ilusão]

essa noite,meus pensamentos foram longe.E aquela história de pensar e tal,me fez pensar mais e mais em você.Essa complexidade das tuas palavras,essa incompreensível forma de desenhar as palavras.De encaixá-las.Põe-me um sorriso no rosto de forma surpreendente.E eu nem sei quem é você.Talvez seja isso que me encanta.Essa distânica.E a compatibilidade de coisa alguma com coisa nenhuma.Não é contradição.É a pura verdade.Desenhei tua silhueta na minha cama essa noite.Imaginei-a,sem detalhes...Com carinho!Pensei muito sobre aquelas minhas palavras " saber tocar no corpo de uma mulher".Será que eu sei?
Se torna cada vez mais intenso.E como entorpeço a imaginar lágrimas no canto do rosto.As mãos tremulas,a respiração ofegante,e aquela certeza de ser a pessoa certa a acolher-te no colo.E transpirar nunca pareceu tão doce.Consegue imaginar?Ou melhor,consegue deixar de pensar e sentir por alguns instantes?Foi impossível não chorar e desejar!Desejar muito!
E sinto-me lisonjeada de saber, por mim mesma, o quanto tudo isso pode ser mais. Afinal,de que adianta falar de sexo?De que adianta falar de orgasmos multiplos se não souber sentir o coração? E olha que tenho uma certa repulsa por essa palavra : coração!
Você me faz sentir um certo brilho.Faz-me sorrir sem necessidade...E faz-me pensar, " há necessidade pra sorrir?" ...meu mapa astral ficou bem nas tuas mãos.Nos teus olhos. E os seus olhos, eu os adorei. E adorar nunca fez tanto sentido...e pode ser que amanhã ou depois nada disse faça mais sentido, mas foi gracioso ter a certeza de que " No final, o final é só ilusão!".

sábado, 26 de janeiro de 2008

[ à cidade maravilhosa que te levou de mim ]

que começo brilhante!
que brilho artístico.
a melodia mais incrível a rodear-me.
seu cigarro nas mãos.
e na cabeça,além da dor,o teu nome.
as tuas perguntas...
as minhas promessas.
que final brilhante!
meu retorno ao passado,
com destino ao futuro!
quero te abraçar,
quero cair no teu colo, como nunca fiz.
como sempre quis.
minhas lágrimas não iam junto com as cartas,
ficou a esperança
e a saudades,
a vaidade...e o orgulho!
O orgulho de te ter na minah vida...
do princípio ao fim.
ela que tá na cabeça, meu amigo.
ela que está nos planos pros próximos finais...
mas é você que tá no coração
pras próximas vidas.
minha vida.
minha vida.
minha mais sincera dor.
minha mais alegre simpatia...
já faz tanto tempo meu amor,
já faz tantos séculos...
e aqui, ainda sinto as tuas risadas,
e as minhas rispidas lágrimas de um vinte quatro de dezembro.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

[Passos de maio]

Nesses passos
que abrigo
nesses passos
que iluminam
qualquer coisa vejo
nada sinto
o frio de maio congela meus pés
quantos passos,de cá , de lá.
desses pés de cá,de lá.
qualquer coisa sinto
nada vejo
a neblina desse frio
que me nudesse
acompanha esses passos,
essas presas,essas pressa,
esses passos e palmos,
de maio.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

[completa]

"hey mãe eu tenho uma guitarra elétrica,
durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter,
mas hey mãe, alguma coisa ficou pra trás,
antigamente eu sabia exatamente o que fazer!"
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ela voltou.eu estava morrendo de saudades.
me sito completa novamente.aquele vazio foi devidamente preenchido.
e eu que desejei tanto que ela fosse embora,agora estou aqui planejando minha saída com muito mais segurança.se fosse tão fácil assim deixar você mulher.
tudo bem não me custa nada ficar mais algum tempo.eu amo você.
essa noite eu não dormi direito.desconfiada.esotu desconfiada de tudo.e principalmente dessa sincera emoção. e principalmente dessas 'sinceras' palavras.e quer saber?!talvez seja mesmo melhor assim.pra não cair de novo.ou pra cair e saber que cai.e essa noite,quase caí da cama.o sono não foi dos mais agradáveis.virei de um lado pro outro.como se houvessem milhares de lados.e pensei.pensei tanto...até sonhar um monte.tanta coisa que não dá nem pra lembrar.hoje resolvi deixar minhas palavras bonitas de lado.fiquei revoltada por não conseguir escrever uma música.mas depois me perdoei.me 'des-revoltei'.e deixei minha arrogância e meu orgulho de lado.e agora, minhas palavras parecem tão mais simples.tão mais verdadeiras.despidas.e todos esses pontos,representam todas as vezes que parei de escrever pra ver se era você a me falar 'olá'.não era,não é.mas tudo bem.eu continuo a sorrir.hoje eu me sinto completa. - a me completar.
boa noite.

sábado, 19 de janeiro de 2008

[ beel ,sem calças.]

A hora está passando.Vamos Rafaela diga ao pelo menos desprezível.Não!Eu não posso ser desprezível a esse ponto!como pôde ver,às vezes eu faço uma coisinha ou outra.E quer saber?!Foi nessa coisinha,ou talvez na outra que me perdi em você.Eles pediram tanto,se você soubesse.Assim como você.Mas sem chantagem sentimental.E não é que eu caí? [gargalhadas internináveis].
descrevo as gargalhada sem sequer dar-lhes um sinal delas.elas só existiram na minha mente.Na minha mente brilhante.Na minha mente mirabolante.Se você conhecesse-a um pouquinho sequer,saberia,que eu não sou muito contra brincadeiras.E talvez,aí more [ou morre] o problema.Afinal,minha genialidade artesanal não nasceu pra se render.Não é mesmo?Nós não criamos a Beel à toa.E,ela é mais forte do que se pode imaginar.E ela é mais genial do que se pode imaginar.Foi isso que me disseram enquanto despiam minha mente num banheiro amável de uma madrugada destrutível.Foi o olhar mais sincero que me disse que minha 'especialidade' não morreria assim tão fácil.Que meu libido é forte demais pra não querer dar-me por completa.Não é isso? Dar-me.Tomar-me.?Eu não esqueço minhas gargalhadas infâmes.Eu não esqueço as mãos que abafaram meus gritos.Eu não esqueço das minhas pernas trêmulas.E de ter dor entre as pernas.E de rir da minha dor entre as pernas.Eu não me esqueço do olhos virados e do barulho dos sofás,camas,ou meu corpo batendo contra a parede.E eu me inundo, nos meus próprios prazeres.Nas minhas próprias persuasões.Libidiações.É mais do que dar uma razão.É dar o meu corpo a quem souber ganhar.É mais do que uma musiquinha especial.Um sorriso.Um carinho.É abrir-me as pernas como se não houvesse mais como parar.É abocanhar-me por inteira e falar do contorno do meu quadril.Desenhá-lo como se fosse o único.
E eu não me cansei de brincar.As pessoas,quem elas são?, me pediram pra parar.
Eu sei graça,que por mais que isso magoe muita gente, a Beel não morreu.Ela só precisa amadurecer um pouco.E aí então,quem sabe, meus batons vermelhos voltam para os meus lábios, e mais do que isso, voltam a fazer deles os lábios que me contornavam os sorrisos mais bonitos.

E se tinha dor,eu não me lembro.

Será que não dá pra sentir?

"o que você me pede eu não posso fazer
assim você me perde e eu perco você
o que você não pode eu não vou te pedir
o que você não quer eu não quero insistir"


[que o sono me pegue da cabeça aos pés.
quero afundar nele.
preciso afundar em alguma coisa
pra saber como sair daqui.]








[os riscos a correr: obrigada por ter voltado e feito o que fez]

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

[e agora guri?]

uma tarde perdida no nada.alguma idéias na cabeça.e uma falta enorme do que fazer.principalmente com a cabeça.Aí,a gente resolveu ir à feira,comer pastel.Aí,a gente resolveu pintar o cabelo.E o cabelo de uns ficou uma merda,e ocabelo de outros ficou pouca merda.Mas no fim dá tudo certo.É essa falta de coisa 'importante' pra fazer.Ou a falta de fazer coisas pros outros.Acho que é isso que tanto me dizem que é falta do que fazer.Afinal,pintar o cabelo é faezr alguma coisa, ir à feira comer pastel também.E acho que até fazer nada é fazer alguma coisa.
e ainda assim, me perco na minha contradição,mas é tão bom contradizer-me.Não gostaria de ser formada de alguma verdade absoluta.quero ser suspeita,quero suspeitar de mim, e cair, sempre cair na minha contradição.As coisas estão bem diferentes agora, e acho que está sendo bom.Eu não tenho escola pra ir,mas junto com ela perdi minhas conversas matinais,minahs preguiças matinais,minhas dúvidas e minhas cançõers matinais.Perdi as novidades noturnas,perdi os olhos arregalados,e perdi o companheirismo estampados em sorrisos,ou gargalhadas.Perdi o medo de perder tudo isso.Mas tive a certeza da dor.E tive a certeza da perda.Perdi minhas bizarrices,e meus admiradores.Meus eventos casuais,meus casos eventuais.
Perdi meus amores inusitados.Perdi a certeza do futuro.Junto com as regras gramaticais,substituidas por três dias de provas dissertativas,que não dá pra colar, que não dá pra falar, que não dá segunda chance,Dá pra chorar.Mas eu não me dei esse privilégio.
Perdi o lugar onde me sentia maior,e a imensa vontade de sair de lá.Perdi um mundo inteiro feito de gente imbecil.Gente imbecil que nem eu.
Agora.Agora eu não tenho dinheiro,eu não tem lugar,eu não tenho denominação.E nem maioridade.Tenho só um par de sonhos.Um par de olhos...
Ah! E uma namorada encrenquera. Que eu amo!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

[ nos cavalos ]

suas vontades.não é por serem suas,é por não serem minhas.se elas fossem minhas por completo,juro que as corrompia.mas não.elas estão mais aí do que aqui.aqui ficou a dúvida.a incerteza do sonho e da realidade.passei o domingo.e não importa como,importa é que passei.importa é esse domingo de um ano atrás me perturba.me acaricia.me faz ver arco-íris em céu de tempestade.e é isso que faz do teu domingo,do teu abraço uma fantasia irrealizável.é essa magia,em forma de retrato na minha memória que faz do seu abraço,seu e do meu abraço,só meu.faz um ano.e sabe o que isso representa pra mim?sabe o que aquele domingo representou na minha vida?sabe o que aquelas manhãs intermináveis ao teu lado representaram pra mim? sabe o que aquelas tarde em paruqes, cinemas, e teatros fizeram de mim? sabe o que tuas lágrimas, minhas lágrimas,teus sorrisos e minhas gargalhadas armaram em mim? foi tudo tão mágico.foi tudo tão perfeito. lembra, da nossa perfeição?
foi tudo tão amável.mas nós nos distanciamos, e deixamos, que o externo influenciasse o interno.não é mesmo? como tudo começou a terminar ? eu não sei , talvez você também não saiba, e de que importa? o amor não seca. não desbota. não se torna inodoro. adormece, e se transforma em algo indecifrável.
são tantas as lembranças. e você sabe, você sabe mais do que ninguém, guria incrível como adoro as lembranças,elas tiram tanto de mim.
uma boa música,uma boa bebida,algumas folhas,tinta...e minha cabeça.minhas mãos.meu libido.minhas lágrimas.minahs brincadeiras solitárias.meus olhos castanhos.inxados.e minahs expressões diversas.é só oque eu preciso pra uma boa noite de torturas amáveis.
eu vou ficar bem por aqui guria incrível.sua sunshine será pra sempre sua.irresistivelmente pra ti.nua,muda,completa,incerta,de vermelho incontestável...e você me conhece, me conhece de vermelho como ninguém mais.e você me conhece, me conhece menina e me conhece mulher como ninguém mais.me conhece deitada,em pé,no banho,no chão,nas nunvens, como ninguém.
e vou morar aí por quanto tempo for necessário. e vou te cultivar por quanto tempo for-me querido, for-me sentido.
e é por amar demais,e é por sentir demais,e é por complexidade amarga que estou onde estou.
sorria.
te quero sorrindo.
te quero mulher.
te quero grande.
te quero crescendo.
te quero aí, por que já te tenho aqui.
e aí, no final da tarde...vai ficar tudo bem.

Entre os pés e a Cabeça.

Ela me faz querer gritar!
Mas sinto a garganta tão seca.
Tão seca...Mal consigo respirar.
Ainda assim , minha vontade é de gritar.
Até que já não haja voz, até que já não haja força.
Ela me faz querer correr!
Correr o mais rápido possível.
Pra qualquer lugar,pra qualquer direção.
Mas sinto minhas pernas tremerem,
do começo ao fim, arrepiarem.
Ainda assim,minha vontade é de correr,
Até que já não acha fôlego!
Ela me faz de completa confusão,
Dos pés a cabeça...
Sou feita das mais complexas particulas,
Indecifráveis...De olhares a vontades,
De sentidos a bocas,e mãos.
E não há principios,há apenas libido,
A corroer-me,a fervilhar-me...
A rodar-me a cabeça.
Faz-me desespero
Em tão nítida vontade de gargalhar.
Faz-me tão fraca dentre minhas fortalezas,
Em tantas certezas que cultivo,
Faz-me tão incerta.
E a cabeça,meu amor,
Ela não vai parar...
E a cabeça ,meu amor,
Ela não quer parar...
Faço-me de fingida paz,acalentada,
Que esse amor já me consome,
Dos gritos a sentidos,bocas,olhares e mãos.

sábado, 5 de janeiro de 2008

catas...tro...fe...

"pela janela do quarto
pela janela do carro
pela tela ou pela janela
quem é ele, quem é ela
eu vejo tudo enquadrado..."
.
.
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E, ela tinha certeza que encontraria seu amor na volta,
parado na esquino , buquê de rosas azuis nas mãos.
Um olhar desesperador,uma saudade fulminante a queimar o peito.
A esquina brilharia como se estivesse ladrilhada com diamantes.
O sorriso brilharia como se nada mais tivesse que brilhar...
E o sol! Ah! Ela tinha certeza que o sol cairia aos teus pés, e faria precipitar a chuva,
Uma força inacreditável,um calor incurável, e um frescor confuso.
Lá no céu, ela sabia, a chuva e o sol, unidos, como os lábios dela e de seu amor,
dariam lugar a um belíssimo arco-íris,
E aqui em baixo, onde só os mortais conseguem sentir,
floraria o amor.
Mais ixesplicável que arco-íris,que a chuva , que o sol , e que todos estes juntos!
...
Calada.
Astroz.
Ela virou a esquina, e a brisa que bateu foi tão nítida, que doeu na alma.
Era só mais uma noite de verão...Só mais uma esquina,e só mais alguns papéis pelo chão,e só mais algumas lágrimas a rolar até o peito, e morrer nas mãos que junto com a alça da mochila comprimiam o coração.
- É sempre aqui que doe?
...
Ela não veio.
Como descrever,então,aquelas palpitações?
Como fazer calar a vontade de gritar?
Como abaixar a cabeça e deixar a esquina pra trás?
As malas quase cairam das mãos quando ela virou a esquina,mas ela não podia deixar cair,ela não podia parar, é que se ela parasse , ficaria por lá,com a saudade, com a desilusão, e os gritos abafados.
E foi um sorriso, envolto por algumas lágrimas, caidas dos olhos fechados, que me deu tanta certeza de que a moça, sabia que nunca mais veria aquele amor.
.
.
.
"Se essa rua , se essa rua fosse minha
eu mandava,eu mandava ladrilhar,
com pedrinhas ,com pedrinhas de brilhante
para o meu , para o meu amor passar..."

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Sapato Novo, idéias novas.

"Bem , como vai você?
Levo assim calado de lado
Do que sonhei um dia
Como se a alegria
Recolhece a mão
Pra não me alcançar

Poderia até pensar
Que foi tudo um sonho
Ponho meu sapato novo
E vou passear
Sozinho como der
Eu vou até a beira

Besteira qualquer
Nem choro mais
Só levo a saudade morena
É tudo que vale a pena."


[ Essa noite, minha morena, eu descobri que estou mais aí do que você está.E essa noite,querida,eu descobri que o espelho é existente,e que posso me curar...
Oh,minha querida, é só deixar o tempo mostrar!]

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Seja até o fim.

é meu coração, e ainda é meu coração , que não me deixa em paz....com essas palpitações intermináveis.não consigo respirar, não consigo parar,nem consigo correr!eu tentei me livrar de mim mesma , e sabe o que eu encontrei?mais algumas de mim.mais complexas,mais astrozes,mais refletoras.
essa noite eu tive um sonho, daqueles de deixar os olhos inxados,daqueles de relembrar o dia inteiro.Onde você foi parar?Parece que voltou só pra me avisar, que não nos veremos mais, parece que voltou pra me tirar o chão...E se eu não cair, se eu puder flutuar,apenas vou fechar os olhos.Foi a primeira vez que eu sonhei com você, e não foi a primeira vez que vi repulsa no teu olhar 'apaixonado', onde vamos parar?Eu não consigo ser dura dessa vez,eu não consigo acreditar em mim.E eu sei que há tanta coisa errada aqui...mesmo sabendo das minhas contradições,mesmo sabendo do meu asco por certo e errado.
"quem nunca quis amar além do medo?"
eu tenho uma namorada, e não falo com ela há sete dias.eu tenho alguém pra chamar de 'minha' e nem ao menos sei onde ela está, eu tenho alguém pra escrever cartas e nem sei o que escrever,eu tenho alguém pra amar e nem ao menos confio nela.E ainda sinto tanto medo de perdê-la.Sinto raiva de mim ,sinto medo do meu medo,sinto nojo da minha fraquesa,e mais ainda da minha vontade incontrolável de controlar tudo.Sinto saudades das minhas ilusões que insisto em crer, que insisto em elevar,e colocar num pedestral indestrutivel.E essa dor de cabeça não passa, meu amor...Essas palpitações não cessam,meu anjo...
Sua 'vagaba' me mandou cuidar bem de você!
Como?Eu disse.Se nem ao menos posso chegar perto dela?
O tempo vai passar , e com esforço tudo isso vai dissolver-se no ar.E só vou lembrar do teu nome e do teu cigarro.Mas enquanto isso o que eu faço com essas palpitações?


[ além de comprimir o peito, com toda a minha força?]

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Vento no Litoral.

De tarde eu quero descansar, chegar ate a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai:
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção

Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar,
Existe algo que diz,
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem

Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?

- Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora


[O mar, o vento, o medo e as confusões ...E essa música na cabeça,
E você entre a mente e o coração, entre a certeza e a dúvida, entre a maldade e o amor,
entre os sonhos e a realidade, entre minhas veias e minhas alucinações imbecis.]