segunda-feira, 3 de março de 2008

[ da frieza à ilusão ]

Lembrei das confusões da madrugada, e junto com elas me veio a frieza que eu calculei um dia com números e medidas exatas, e talvez eu seja boa em matemática e nem saiba, e quem sabe, meu vício não está na física quântica? Cai aos meus pés, implorei-me a parar de fechar os olhos ao mirar o sol.
Inflar, crescer, alimentar cada pedacinho dessa frieza infindável, das lágrimas que são lágrimas só por uma noite, e são contadas e são milimetradas no rosto, do olhar alto, intenso e da cor que eu quiser, do gosto que eu quiser.
Das palavras certas, das sílabas doces, das pausas marcadas, do sigilo proposital e das intrigas perfeitas. Do crime perfeito.
As músicas de letras catastróficas, e o passado descoberto, estendido à mesa. E as desculpas, as mais belas e boas desculpas, a descobrir o mundo.
A mais duradoura argumentação, a calar a boca de qualquer um, a calar o orgulho de qualquer um, coberto por doces chocolates e belas flores, por campos eternos, e juras de amor, cobertos por veludo vermelho de paixão e orgasmos intensos, dos dedos, das mãos inteiras, do sorriso alinhado, dos olhos castanhos, das unhas vermelhas, e dos cabelos bagunçados. Ah! E o olhar! Colado, das mais diversas expressões.
E na cabeça, a cabeça e a cabeça, a maquinar, a pensar.
Maquiavélica cabeça!
E não é diversão, é vício!
E eu sinto-me em abstinência.

E tratar de voar, voar quando quiser, amar quando quiser,medir a medida que quiser, e gozar quando quiser, e fazer chorar quando quiser, e querer o quanto quiser , quando quiser.
E fazer com que os meios não justifiquem os fim, os tantos fins e a fins.
E aí, nas tardes de lágrimas fingidas,de términos escritos e colados nos braços, ouvir as mesmas frases todas as vezes, e rir por dentro, e chorar por fora,por mim mesma,por minhas saciações,meu apego,meu desprezo.
E aí, ter medo de voltar a ouvir...

Um comentário:

tarsio vinicius disse...

ah tah...agora coloca algo verdadeiro ai vai...