Eu quero me despedir de vocês.Não há outra explicação para eu estar aqui, senão para tal.Não há outra explicação para que eu esteja aqui, debruçada no coração, esperando uma inspiração para dizer Adeus à todos vocês.Não peço para que me deixem em paz, não é preciso, pois eu os deixarei em paz, para todo sempre, em paz.Na santa paz de Deus, na paz esvaida em qualquer Deus,em qualquer lugar, em qualquer corpo.Eu os deixo por aqui, finalizando sua estadia em mim , por aqui.Despeço-me especialmente das dores nos olhos,das dores de cabeça e da chatice toda, da chatice toda que faz-me tormento.Sem esquecer das loucuras noturnas, das incertezas diurnas, e das canseiras vespertinas.À todos vocês um belo final de ano, e um grandioso Adeus!
Deixou-os andar por onde quiseres, desde que não atormentem a ninguém, que sejam grãos de areia, folhas nas árvores, e até tataranas, como diz o professor : " Tatarana, tata é fogo, e rana é como parecer!Afinal de contas aquele bicho não parece tatu."Voltando às designações, deixou-os serem tudo neste universo, principalmente quando fizerem o bem.Mesmo que as vezes, na loucura desse mundo, pareça complicado descobrir o que é o bem,mas ah, a gente sempre sabe,caros companheiros, a gente sempre sabe, pelo menos o que é de todo mal.Bom, eñtão, cá estou, eu que por meses os tive como meus próprios parasitas de estimação, peço, ou melhor determino que já não são mais meus, e que não serem mais de ninguém, que sejam parasitas uns dos outros, mas não de mente nenhuma , de alma nenhuma, que não os queira.
Adeus...mais uma, e definitivamente, Adeus.
À Deus.
e essa ansiendade que me consome, que vá, com Deus.
3 comentários:
Que engraçado, Rafa...
Comecei a escrever exatamente ao mesmo tempo que você e escrevi um texto que começava "ok, esse é o fim";pensei em até colocar um texto que guardo e se chama "o último capítulo de angus lost".queria dizer adeus também dessa coisa, mas saiu outra que me acompanha há algum tempo.
curiosas reflexões de últimos dias.
de certa forma o que saiu lá no meu, foi meio que um adeus também, mas depois vi o seu post.logo em seguida que publiquei, que coisa doida!
ah, querida, sejamos mesmo como os grãos de areia e que se não trocarmos mais as palavras nesse enorme emaranhado, que a vida nos encoste um dia desses numa carta/e-mail ou boteco do butantã.
um beijo: não tenha vergonha de quebrar tudo também e rasgar documentos e leis.
e na minha teimosia de criança, espero ver mais palavras de alguma forma...
e quando a impressão, a sensação que fica é que deixá-los passar, é deixar se esvair, por completo, tudo,e a vontade toma a forma de um apelo suave de vai, continua. de alguma forma, de qualquer uma, continua. outra, essa, uma. simples, grande demais pra mim, pro outra, pra aquela, tanto faz. preciso delas, deles, encher meus dias de futuras memórias. do cheiro, da música que toca ao fundo, do coração que nem percebe que toca junto, do imaginar teus dedos. teu rosto, respiração. não para, não para. ainda vai viver apenas disso: você. em completa extensão.
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