quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

[os enganos da vida...]

te esperarei para o jantar hoje, dessa vez com mais fome do que da outra.
vou deixar a alça do vestido escorregar pelo ombro, mas só a direita,
que é a do ombro da pinta.
já te falei que faz tempo que eu não cuido das unhas?
é, eu não cuido mais das unhas.
e eu tenho saudades, saudade das coisas que encaixotei.
e agora, tudo que eu escuto é um " cuide-se querida".
pois não, meu anjo, tua voz nunca me pareceu tão asqueirosa.
nunca lembrei-me do teu beijo como hoje, com nojo.
tenho nojo de ter me entregado aos teus braços, tão mais belo foi me entregar aos braços daqueles desconhecidos, que me comeram e me cospiram com muito mais cuidado que você.
o que deu em mim, querida? o que deu em mim pra querer ter-te em minha vida?
a tua que é tão desprezível, e tudo me destes de bom foi uma puta brisa, que durou HORAS, o mesmo tempo que durou a minha fidelidade. a minha PUTANHICE, não fez diferença alguma no teu curriculo, afinal de contas você não contaria à ninguém.
Tudo bem , eu sei que já faz tempo, só quero te dizer que me fudeste a vida, e agora eu tenho que recuperar tudo que me tiraste.
Não! eu nunca te amei, eu só quis te provar, inutilmente te provar que eu posso ser diferente ...
E quer saber, eu consegui.
E mais do que isso , eu provei a mim mesma que eu amo ser quem eu era antes de te conhecer.
Ah , meu amor, que bom que me calaste a boca sempre eu tentei dizer que te amo.
Que bom, meu amor, que agora eu sinto o amor.

[ sim, você fui um mal entendido.]

Um comentário:

Má. disse...

era o que ia dizer exatamente agora,
e algo calou.
- é que sinto como se fossem pra mim, tanto que me dói, descompassa tudo. desde a primeira vez assim. como se essas fossem as coisas que as outras deixaram de dizer. sempre fica em mim algo como 'eles são?' 'um dia serão?' 'assim?'