quinta-feira, 29 de maio de 2014

às estrelas mortas

Às estrelas mortas do céu dou minhas palavras tortas
Aos elementos presentes na atmosfera que, em sua magnitude, azulam o céu que acolhem as estrelas mortas, dou minha ansiedade calada.
Ela, que derrete e escorre pelos meus membros, e me treme as mãos e os pés frios.
Não há frieza em meus olhos!
Das minhas pupilas dilatadas emerge uma umidade morna, que acolhe o mundo que por elas enxergo.
Imagino suas mãos tocando meu rosto, minha pele, meus pelos, com a leveza que me toca a luz solar,
Uma suavidade inexistente, delineada na tela em branco que pinto cuidadosamente, segundo a segundo, quando estou ao seu lado.
Prendo-te na tempestade dos meus olhos castanhos, e afasto-me, quando distante, dos meus alucinógenos romancistas.
Quando estamos, nós dois, em baixo do fractal esverdeado nada me sobra, não fujo,não sonho, não me calo,não me sustento. Voo,transporto-me para o seu mundo - talvez hoje, um pouco nosso -
Das letras e da ciência, das teses, das fórmulas, dos signos e dos astros.
Não me calo! Como com voracidade fugas todas as suas palavras, mal ditas, bem ditas, adequadas ou não.
Conjugo todos os seus verbos e analiso sintaticamente todos os seus sentimentos entrelinhados nas afirmações categóricas, que você insiste em dizer não haver entrelinhas.

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