Nos tempos de seca fomos testemunhas, juntas, de dois aguaceiros sem fim.
No primeiro corremos, no segundo ficamos.
E aguar, hoje, me trás teu semblante na lembraça.
No dia em que ficamos decidimos também que ficaríamos na vida uma da outra. Mas a chuva passou, e nós passamos com ela.
Mantenho-me distante muito mais do que eu queria e penso mais em você do que eu achei que o faria.
Estou colorindo-me aqui fora pra ver se contagio o cinza-concreto que me tomou por dentro.
Eu não escorro mais com as águas que brotam dos meus olhos, elas vão , eu fico.
Eu tenho que ficar!
Infectei-me com essa dureza que teu coração traz como cartão de visitas.
Ainda choro no escuro mas não esmoreço.
Estou de pé, remendada, rabiscada, paranóica !
(Meados de outubro de 2014)
domingo, 28 de junho de 2015
Tempos de seca
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