terça-feira, 7 de julho de 2015

calmaria

a distância que você tomou me fere
não estive em paz com o que fizeste de nós
ficou um vácuo, um silêncio e águas límpidas.
vejo o tempo passar, o relógio nunca está ao meu favor
estou congelando na superfície
mas o meu coração pulsa em brasa
está tudo tão calmo, pé por pé, caminho rumo ao nada
dez minutos, é tudo o que tenho, o resto me escorre
os minutos estão derretendo, um a um
essa pausa me angustia mais do que seu olhar inseguro
penso em você, escrevo pra você, sinto por você
e não há nenhuma complexidade nisso, é só saudade.
eu continuo o movimento, te observo de longe
enquanto você descreve suas peripécias, e eu sorrio
a distância que você tomou 
não me desce sem dois dedos de vodca
eu estou simples,solta, sincronizada,
ando, ando, ando, ando, para o nada.

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