Hoje parece o começo,
o começo de um fim estrondoso,
e veja só você, isso é assustador.
Tenho conversado com pessoas diferentes,
tenho feito de suas palavras apenas palavras,
sem perceber.
Hoje eu sinto alguma coisa muito estranha,
algo parecido com um nada...
Eis aí a questão : o que é um nada ?
eu fiz essa pergunta pra tanta gente,
essa gente nada sabe!
Bom,eu também não sei.
Acho que eu quero continuar andando ,
sem sentido,sem destino.
Acho que o problema mesmo , está no destino,
num possível e previsível destino...
E se eu simplesmente caminhar?
Em algum lugar ,de qualquer forma,eu vou chegar!
Eu vi tantas pessoas, eu senti tantas coisas, por tantas pessoas,
em tão pouco tempo.
Ódio,paixão,ciúmes,inveja,dor,amor...não, amor não.
E aqui estou eu , ainda aqui,ainda com o mesmos olhos,
ainda só,e distantemente só.
Não é lamentação,e nem tem que ser, é constatação!
É que ao cumprimentar eu quase morro de vergonha,
e ao atravessar a rua eu quase morro atropelada,
e esses "quases",me fizeram quase perder a razão.
É o equilíbrio...O equilibrio da razão e e emoção.
Eu me perdi aí no meio, e eu sou desequilibrada!
E eu sou mais uma , desequilibrada!
Só mais uma...
5 comentários:
licença poetica tem limite...rsrsr:
cumprimentar... e nao "comprimentar"...a nao ser que esta ultima tenha o significado que realmente quiz colocar..."...ao comprimentar alguem".
"comprimentar...pois por mais que nao qiera ver nem falar com essas ou outras pessoas...ainda sim me sinto preso a continuar mantendo esses tipos de relaçoes com ela...eu nao cumprimento...eu comprimento...pois nao permito-me dizer nao......e encerrar em palavras a vontade que tenho de nunca mais ve-las...e vou levando assim....empurrando-me assim...para eeesa vida que tento alargar...mas que nao tenho coragem de colocar um fim."
"atravesso a rua em direçao a uma calçada mais estreita.ultrapasso o farol, e antes de chegar ao outro lado inicia-se uma nova constataçao:
penso em aulas, em trabalhos, em linguas, em artes, e no meu caminho.pra onde estou andando?sinto-me como um relogio. faço sempre tic-tac.sempre passo o tempo. sempre rejeito a hora.
se sou como o relogio, por que entao nao desperto?o que estou esperando?todo dia uma barulho chato me faz levantar as 7 horas.quando vou fazer esse barulho?quando vou soar o alarme? quando vou levantar para cumprir o meu compromisso?esse é o problema...eu nao tenho compromisso, nao tenho nem sequer alarme. o meu relogio so tem ponteiros. nao existe romanos nele. é so o eu-tempo que passa. se lerdo ou rapido, nao importa, ele passa. eu passo. mas e´so isso, so passo, pois nao tenho objetivo."
vc tah muito devagar !
desiquilibre-se pra cá... pro meu abraço e pro meu colo.
não há abraços e nem de nada me serve um colo... sem você neles!
José Miguel Wisnik:
"Paixão - sofrer a intensidade da existência do outro"
Postar um comentário