terça-feira, 11 de dezembro de 2007

são só mais alguns séculos...

trás de volta a minha certeza.
vem da brisa, trás a leveza.
me mostre aquilo que nunca pudemos ter,
me cante aquela canção que prometeu...
eu te sinto aqui ainda,
e quantos séculos vão precisar voar por nós pra eu esqueça?
o sorriso não abandona a face, as lágrimas são só contemplações.
não diga-me o que fazer , eu acreditei ter feito certo,
mesmo sabendo que viveria na ânsia de te reencontrar.
as cartas estão amarelando,
as lembranças aos poucos se apagam,
mas eu ainda sinto cheiro,
e posso reviver a angústia de te deixar.
eu ainda posso ver os olhos mais entorpecentes calar-me .
calar-me de forma mais vulgar!
teus gritos ainda são minha canção de ninar,
e tua covardia mascarada ainda me faz sorrir,
ainda me faz chorar.
eu vou ficar por aqui ,
eu vou ficar te esperando,
é que de noite, você vem me ver...
e contempla meus sonhos...
e me faz sorrir da forma mais verdadeira,
e me faz sentir o amor, que não acredito existir em outro ser.
venha quem vier, voe o que voar, tragam o que quiser,
te guardo aqui, te amargo aqui, de punhos cortados,
de olhos abertos, caída em meus braços,
dormindo em meu peito,
dizendo-me " vamos sair daqui ".

a dor não vai passar ,
a dor não vai morrer,
nunca mais matei-te aqui,
nunca mais caí em desgraças,
não sei mais o que é chorar...
estás aqui todos os dias,
e pra onde eu for sei que vais comigo.
eu vou sair daqui,
eu vou deixar esse lugar...
vou te deixar cair,
preciso voltar a chorar,
eu ainda me sinto criança ao teu lado,
eu ainda perco o rumo
eu ainda me perco em teus olhos.
deixa-me matar-te, eu preciso viver!

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