quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

[o cheiro novo do velho]

eu posso sentir o cheiro da chuva
a chuva que molha nossa janela,
no alto do prédio...
no alto do medo.

e o orvalho que não existe,
e nosso sonho que não persiste,
no fundo dos olhos,
no fundo do poço.

e os teus olhos ,a consumir-me
a enfeitar-me...
todos aquelas serpentinas,
carregadas nos meus sonhos.

jogadas aos nossos pés,
e só nossos pés,juntos.
e a luta pregada na parede.
e o futuro corroendo o passado.

e o sol não vai sair,
por alguns dias talvez,
e os ruídos - estes ruídos
vão me construir...

e se teu corpo cair sobre o meu,
e se teu olhar seguir o meu,
se tua mão grudar na minha,
eu vou até o fim - e (não) foi nos filmes que eu aprendi.

Nenhum comentário: