Susto que desabrocha quase aos dezoito anos.
Flor rude,flor que espinha mais que aflora.
Sol que nunca nasce, e tanta,tanto é desejado.
O andar desajeitado da cabeça que não crê no céu,
E o céu que continua a azular, a amarelar, a aguar e desaguar.
E a cabeça que não crê na terra, que não vê um inferno e grita pelos céus de algum santíssimo.
Quase aos dezoito anos e as meias rasgadas de pernas grossas,
Da pele de moça que se vê tão idosa...
Moça das pérolas,das pérolas que a vovó tanto almejava.
E vovó está a adoecer,talvez mais colorida dessa vez.
Mas a comida agora é escura,tem cheiro de fumaça de escapamento,
As conversas são malucas tanto quanto o mundo diz que é.
E enquanto vovó pára, a menina-moça continua,e cresce,
E vê-se como vovó, muito mais do que com ela.
Talvez com um pouco mais de brilho,
Mas tão menos talento no cozinhar, e tão menos brilho no olhar.
Com um pouco mais de medo,não tanto do escuro.
Aos velhos dezoito anos, e vovó aos jovens sessenta e oito,
O tempo não pára, e a menina põe-se a gritar :
"Vovó querida , eu me sinto tão velha!"
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
O pássaro e a flor
"Era um dia sombrio
Quando um pássaro erradio
Veio para num jardim.
Aí fitando uma "Rosa",
Sua voz triste e saudosa,
Pôs-se a improvisar assim.
Ó Rosa, ó Rosa bonita !
Ó Sultana favorita
Deste serralho de azul:
Flor que vives num palácio,
Como as princesas de Lácio,
Como as filhas de Istambul.
Como és feliz ! Quanto eu dera
Pela eterna primavera
Que o teu castelo contém...
Sob o cristal abrigada.
Tu nem sentes a geada
Que passa raivosa além.
Junto às estátuas de pedra
Tua vida cresce, medra..."
Castro Alves, por Madrinha.
Quando um pássaro erradio
Veio para num jardim.
Aí fitando uma "Rosa",
Sua voz triste e saudosa,
Pôs-se a improvisar assim.
Ó Rosa, ó Rosa bonita !
Ó Sultana favorita
Deste serralho de azul:
Flor que vives num palácio,
Como as princesas de Lácio,
Como as filhas de Istambul.
Como és feliz ! Quanto eu dera
Pela eterna primavera
Que o teu castelo contém...
Sob o cristal abrigada.
Tu nem sentes a geada
Que passa raivosa além.
Junto às estátuas de pedra
Tua vida cresce, medra..."
Castro Alves, por Madrinha.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
emim.
"Se eu me perdi
quando eu errei
quando eu senti
que quase estraguei
toda a construção
Fugi desse país e fui buscar
qualquer outro lugar
pra tentar ser feliz
deu vontade de voltar
Pra te dizer que as opções ainda estão aqui
Vou construir uma família como a gente quis
Quem tem menos faz bem mais que nós por si
Essa cidade não conhecerá meu fim
O que procuro encontrarei dentro de mim
Se eu me enganei não foi por mal
Andei na contra-mão
Daquilo que previ
De tudo que é normal
Fugi desse país e fui buscar
Qualquer outro lugar
Pra tentar ser feliz
Senti vontade de voltar
Pra te dizer que as opções ainda estão aqui
Vou construir uma família como a gente quis
Quem tem menos faz bem mais que nós por si
Essa cidade não conhecerá meu fim"
quando eu errei
quando eu senti
que quase estraguei
toda a construção
Fugi desse país e fui buscar
qualquer outro lugar
pra tentar ser feliz
deu vontade de voltar
Pra te dizer que as opções ainda estão aqui
Vou construir uma família como a gente quis
Quem tem menos faz bem mais que nós por si
Essa cidade não conhecerá meu fim
O que procuro encontrarei dentro de mim
Se eu me enganei não foi por mal
Andei na contra-mão
Daquilo que previ
De tudo que é normal
Fugi desse país e fui buscar
Qualquer outro lugar
Pra tentar ser feliz
Senti vontade de voltar
Pra te dizer que as opções ainda estão aqui
Vou construir uma família como a gente quis
Quem tem menos faz bem mais que nós por si
Essa cidade não conhecerá meu fim"
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
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