E você passa assim quase como um vulto,
me deixa com os olhos aguados e um sorriso bobo nos lábios,
desses que ocupam quase o rosto todo e relutam a se esvair.
Me desperta, me conecta, e depois apenas se vai com os
barulhos brutos da máquina a me inchar os ouvidos.
Me deixa apenas o vento, corrido, sujo.
Os restos da fuligem, os dedos a acenar, soltos, no ar.
eu sinto falta, sinto sede, e uma vontade magnética de te aproximar.
Você me chama a atenção, me colore, e se dissolve no túnel escuro - pro fundo do mar.
Eu não devo ter sido quase nada
Devo ter sido, assim, tão pouco
enquanto fostes a ligação do meu mundo de dentro com o mundo de fora.
Não me restou mais prantos, nem pratos partido na parede, tão pouco desejos intermináveis
Ficou um silêncio seco, e os olhos úmidos.
( e o vício aos ouvidos, dos trilhos, o ruir e o rodar ...)
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